No sábado eram 55, no domingo de manhã o número subiu para 75 mortos e no final da tarde já eram 78 pessoas que perderam a vida, de acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil. Além dos mortos, há dezenas de desaparecidos e mais de 100 pessoas feridas. A Defesa Civil soma 88.019 pessoas desalojadas, 16.609 pessoas em abrigos e outras 155 feridas. Muitas estão nas casas de parentes ou amigos. Ao todo, mais de 300 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando mais de 800 mil pessoas.
Há também outras vítimas fatais que estão em investigação se as mortes têm relação com as enchentes.Esses números podem mudar muito ao longo dos próximos dias, na medida em que as equipes de socorro consigam acessar as localidades. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, 188 trechos de rodovias enfrentam algum tipo de bloqueio. Do total, cinco trechos de rodovias federais e 28 trechos de rodovias estaduais sofrem bloqueio parcial. Os demais trechos enfrentam bloqueios totais.
O desastre ambiental também deixou cidades sem luz. As concessionárias de energia elétrica que atendem o Rio Grande do Sul, informaram que milhares de clientes estão sem luz. A maioria desses clientes estão em áreas alagadas. As regiões mais afetadas são Vale do Taquari, Metropolitana, Vale do Rio Pardo, Vale dos Sinos, região Serrana, Planalto e Central. Muitos lugares estão com energia desligada por segurança devido a áreas alagadas, atendendo a solicitações da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das prefeituras municipais.
Em Porto Alegre, o nível do rio Guaíba superou a cota de inundação, transbordando e avançando sobre ruas e avenidas e ultrapassou os 5 metros na manhã de domingo. A rodoviária e o centro antigo de Porto Alegre ficaram totalmente alagados. Todas as viagens de chegada e saída da cidade foram canceladas. O Aeroporto Salgado Filho foi fechado “devido ao elevado volume de chuvas”. Autoridades federais, incluindo o presidente Lula, foram ao estado para ver de perto os acontecimentos e levar ajuda aos gaúchos.